PANCADAS

Poesia 

No meu Blog venho expor toda a poesia que na qual tenho criado ao longo do tempo, visto que, virou um hobby para mim, parece que o Blog também vai virar tal coisa. 





PANCADAS

"Nunca irei dizer o que passei, iria magoar as pessoas que amo, amo as pessoas que me magoaram, que triste é ser humano." - Flávio Almeida

Apenas Existo

Apenas existo, não vivo, preso 2 anos na minha própria casa a ser iludido,
conversas familiares, que afinal revelaram terem um pouco de Satanás e terem coragem de deixar um coração ferido.
Apenas existo, não vivo, vendo parasitas quererem ser superiores e mais do que alguém,
parece que alguns se esqueceram que vão parar todos ao além.
Apenas existo, não vivo, porque não estou a conseguir,
o mundo é uma ilusão ou sou eu que estou a iludir?
Apenas existo, não vivo, tento ser bom comigo, até faço festas ao meu inimigo,
porque para mim já nada faz sentido, nem o meu próprio umbigo.
Apenas existo, não vivo, será que Deus tem um plano p'ra mim?
Se é pra viver 18 anos como estes, desculpa fico por aqui.
Apenas existo, não vivo, vendo mentiras a tornarem-se verdade,
Para mim nem existe mundo, existe uma bola com ganância e seres sem generosidade.
Apenas existo, não vivo, vida nocturna, o que me faz escrever isto,
deixar a alma livre, faço do meu quarto o meu próprio paraíso.
Apenas existo, não vivo, porque tenho medo de viver,
ou porque alguém me iludiu tanto que já nem sei o que fazer?
Apenas existo e vivo.


Sinto-te tanto e ao mesmo tempo tão pouco...


Sinto-te tanto e ao mesmo tempo tão pouco...
É puro o sentimento que sinto, não minto ao que sentes e sinto,
o instinto de continuar a percorrer esse labirinto enquanto pinto,
o meu futuro de cores, mas aparece o cinzento quando pressinto...
Sinto-te tanto e ao mesmo tempo tão pouco...
sucinto o que tenho escrito, com cafezito e constrito pelo que tenho dito,
circunscrito a letras que me sai e aflito que chegue algo bonito sem delito
não sou nenhum erudito, mas a cada dia que passa renovo o meu espírito,
para que sinta todas as energias universais das quais tenho sentido
Sinto-te tanto e ao mesmo tempo tão pouco...
sou apenas um franganito com um coração e alma de granito,
é esqusito leres o que tenho escrito, rouco, grito alto para o infinito,
Sinto-te tanto e ao mesmo tempo tão pouco....

Hoje é o meu aniversário

Hoje é o meu dia de aniversário...
mal chegou à meia-noite, agredeci a quem tinha que agradecer, perdoei a quem tinha de perdoar, esqueci quem tinha que esquecer...
talvez não adianta de nada, mas ao menos, limpa fica a minha consciência por ter feito tal, mesmo sabendo quem me ama e quem me trata mal...
assim que acordei, saí do meu quarto, mas... ninguém olhou-me nos olhos, ninguém me desejou os parabéns, e aí sim... aí sim, fez-me perceber que sou apenas uma parasita em milhões existentes nessa marmita,
também nunca quis ser mais do que alguém, mas por tudo que fiz, penso que ao menos deveria receber uns parabéns daqueles que amo e receber um abraço por mais um ano...
Enfim, cá estou eu... dobrei a roupa que havia por dobrar, arrumei o que havia por arrumar, cansei-me daqueles que deveria cansar...
olho fixamente para as nuvens na janela do meu quarto, à espera que através do céu alguém me venha buscar e vejam o quanto estou eu farto... farto de pensar que nada poderá mudar...
talvez não adianta de nada, mas ao menos, penso que existe o impossível, até prova do contrário, o impossível é possível...
hoje é o meu dia de aniversário...

Odeio discutir

Odeio discutir, mas se discuto é porque algo está errado, não discuto por discutir, apenas não quero que esse erro aconteça de novo, eu sei que por vezes perco a cabeça e faço coisas do diabo, mas ninguém entende a frustração de ver falta de respeito ao meu lado, não quero ouvir discussões quando estou sozinho...
Por enquanto mantenho-me neutro, no entanto, em mim, está a criar uma bomba que está perto a explodir.
Só espero um dia estar errado de tudo aquilo que eu previ, e ver que afinal, passa de uma discussão com fim.
Desculpem se eu cometer algum erro, mas se algo acontecer, foi porque assim teve que ser.
Odeio discutir....

Sente

Os meus olhos viraram a um deserto quente,
pararam as cascatas que corriam antigamente
Meu corpo que era frio parou de repente,
descongelou tudo que havia em mente
Com confiança no futuro deixou o presente,
a rotina é sempre a mesma mas desmente
Vê o passado a espetar como um alfinete,
mas sabe que o futuro reserva algo diferente.
Sente... segue em frente. 

Pobre eu

Que o meu funeral seja num tempo furioso e chuvoso,
para que sintam a quanta tristeza continha meu rosto
Que ninguém chore, porque nunca ninguém chorou por este teimoso,
e que nenhum maldoso espalhe amor falso no meu funeral fabuloso
Que descanse depois então em paz sem qualquer olhar tenebroso,
que o meu nome espalhe por todas as bocas desse povo curioso
Povo este que estão sempre a inventar histórias e mitos,
mitos esses que viram histórias e seguidamente em atritos
Não quero fiquem aflitos, por isso que estou a escrever,
deve ser apenas mais um desabafo da minha alma a sofrer
Pobre eu, por ver o mundo de outra forma e querer
mudar coisas que são impossíveis da sociedade ver.
 

Posso garantir

Quando o céu estiver cinzento, deixa-me pinta-lo com aguarelas
Assim que a tinta se acabar, deixa lá, eu irei roubar as estrelas
Para que te sempre ilumine e nunca sintas o expandir das trevas
Nas alturas das agonias, irei sempre acender mil velas
Uma coisa posso garantir, nunca desconfies na lágrima de um poeta
Não te preocupes com a finidade do tempo, irei virar a ampulheta
Tento sempre ser tão verdadeiro, quão a beleza de uma borboleta
E logo no ambiente mais pesado, irei fazer então uma careta
Para que nunca sintas a pior companhia do ser humano se aproximar
Quero fazer de tudo, até se puder, as tuas lágrimas queimar
Virar a tua página, sem tu nunca puderes tocar,
Meter o teu passado nas minhas costas, para conseguires voar
Só quero que saibas disso, e disso não posso fugir,
Irei amar-te hoje e amanhã, até o bater do meu coração permitir.

Temos que viver

Talvez quando os pássaros falarem, começarás a obter respostas
Enquanto mantêm o silêncio, observa e larga as derrotas
Passado foi-se, queima a tua ponte, para nada se esconder
Aí que tosse... estás fraco, deixo essa fonte para poderes beber
Dá-me um tiro no crânio... a ver se liga os neurónios
ou então no meu coração... a ver se ganha os demónios
Que triste é ver uma alma a subir e um corpo a descer
Lei da vida é assim, um dia de cada vez, temos que viver
Tenta não pensar nisso agora, pensa nos sonhos que tens por realizar
Se vivêssemos todos o nosso sonho, nada disto estaria nesse lugar
Já fiz coisas que nunca fizeste, não quer dizer que tenhas que fazer
Só tenta ver o mundo doutra forma, de uma forma que faz-te agradecer
Tenho medo que acontece algo e nem tenha tempo para reacção
Vou pedir ao tempo, que me de mais tempo, para ter tempo p'ra ter noção
...E vou pedir desculpa e com razão, aqueles que deixarei a sofrer,
tive uma visão que na qual, eu nunca irei poder descrever...
 

Apenas um fulano

Juro que tento suicidar, degolar e deixar o sangue jorrar,
será que vale a pena tentar, e se arrepender e quiser voltar?
Ele não me vai perdoar, desculpa Senhor não estou a conseguir aguentar,
sofrimento que à 17 anos nunca mais poderei apagar ou deixar o tempo levar
Cheios de perguntas, roem-se a si mesmo sobre os outros,
tantas são as perguntas que quase fazem explodir os neurónios
Tsh, cambada de cromos, sempre com ideias e planos para ferir os próximos,
esquecem-se deles próprios e quando o mal acontece dizem que são os demónios
Nunca irei dizer o que passei, iria magoar as pessoas que amo
amo as pessoas que me magoaram, que triste é ser humano.
Sou um açoriano a sonhar em ser americano ou angolano,
alentejano, australiano mas sou apenas um fulano.
 

Minha Borboleta 


Minha borboleta, discreta e linda minha beta,
minha atleta sempre esperta e atenta ao planeta
Minha borboleta, vou estar contigo nem que jogue à roleta,
nem que tenha que pedir gorjeta para ver minha flor violeta
Minha borboleta, com caderneta e caneta faço aqui à lisboeta,
como senhores antigamente conquistavam as senhoras à poeta
Minha borboleta, exprimo o que sinto do meu coração como um cometa,
veloz, maravilhoso e luminoso como o nosso amor à vendetta
Minha borboleta, não guardo segredos nem sou nenhum profeta,
nem sou poeta mas com a corneta toco feliz por não haver meta
Minha borboleta, minha paixoneta, sem nenhuma indireta nem treta,

irei-te dar a chave para veres os poemas que tenho-te guardado na gaveta. 

Meu Mundo 


Teu cabelo é igual ao girassol
Vou-lhe tocar com todo meu amor
Quero que seja ao por-de-sol
Para sentires a magia e o valor
Não precisarei de um anzol
Porque sei muito bem que és a minha flor
Vamos estar juntos dentro de um farol
Enquanto fazemos amor veremos multicolor
Não me importo que nos olhem de lado,
Pois sei que desconhecem o nosso passado
No coração o sentimento de ser amado,
sem ilusões nem sofrimento antecipado
"Tenho mais medo do amor do que do Diabo"
Dias cinzentos voltaram a colorir
Que engraçado a vida ter-nos juntado
Obrigado por me fazeres todos dias sorrir
Perderei o medo da escuridão em cada vez que me deres a mão
Derrotaremos a legião mesmo que eles digam que não
Iremos dançar juntos e a ouviremos a nossa canção

Enquanto nossos Anjos batem palmas pela nossa linda paixão. 

Quem me dera

Quem me dera que não houvesse sentimentos no mundo...
talvez não haveria guerras nem nada de mal...
quem me dera às vezes ser cego e surdo...

para não ver que tudo tem um final...

Nunca Irei 

Nunca irei-te deixar, largar, parar de amar,
Prometo-te respeitar, voar, livrar-te do azar.
Nunca irei-te trair, mentir, ferir, sair do teu lugar,
Prometo-te beijar, levar-te aos sítios onde queiras estar.
Nunca irei-te desiludir, iludir, explodir nem fazer-te mau olhar,
Prometo-te expandir, aplaudir, colorir e ao Inverno te agasalhar.
Prometo-te pintar, agitar, citar, fitar, soltar, imitar macaco de Gibraltar,
para que possa ver só por quatros segundos, esse sorriso que fez-me acreditar novamente em amar. 

© 2015 PANCADAS poesia - Santa Maria Açores 
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